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terça-feira, agosto 13, 2013

Como eu realmente me vejo

Quando me veio a mente escrever esse texto, essa imagem retratava exatamente esse momento, e eu não podia escolher outra.

Esse vai ser um post meio de desabafo, pois eu sei que deve ter mais gente que passou por isso, ou que pode me dar uma força.

Esse blog é para dividir tudo que acontece comigo, então vamos lá abrir o coração.

O que tem acontecido comigo, é o que está na imagem. Tenho me visto muito maior do que eu realmente estou. Eu nunca tive realmente grandes problemas com meu corpo. Apesar das minhas gordurinhas aqui e ali, uma boa escolha de roupas escondia tudo e eu estava linda.

Porém, agora que estou focada nesse projeto, que quero a todo custo atingir a corpo dos meus sonhos, minha barriga saradinha... Bom, eu estou ficando paranóica!

Semana passada eu tentei trocar Whey protein por duas refeições do meu dia. A janta e o café. Então jantava Whey as 22h00 da noite, treinava as 06 da manha em jejum, tomava Whey as 07 e só ia comer às 10h00. Eu ficava cerca de 12 horas sem comer, apenas focada em perder, perder, secar, secar.

Claro que eu não consegui. Senti muita fraqueza para treinar pela manha, e eu sabia que isso iria me prejudicar, me fazendo perder massa magra e não gordura.

Ok, agora eu como antes de ir treinar, mas ainda janto Whey.

Esta errado? Honestamente não sei, mas quero queimar, quero perder gordura!

Eu morro de medo de em 6 meses não consegui o corpo que eu quero!

Confesso, estou PARANÓICA!

Odeio quando estou na academia e alguém fala "Mas o que você quer perder? Você é tão magrinha!"

Primeiro, roupa de academia esconde a pança, fica tudo presinho ali dentro e segundo, cada um sabe seu objetivo, e treina duro por isso.

Mas eu tenho consciência de que eu não estou gorda. Eu já perdi muitos centímetros desde que comecei a academia, todas as minhas calças estão folgadas... Mas ainda sim, quando me olho no espelho, me sinto enorme! Eu me vejo mais magra que antes, mas me sinto gigante, com pernas enormes, com uma pança monumental, mesmo sabendo que não é tudo isso, que estou mais magra do que costumava ser.

Claro que isso me preocupa, isso pode virar doença.

Mas é o que esta acontecendo. E não sei o que fazer.

Posso repetir pra mim mesma varias vezes que eu estou ótima, que meu corpo esta lindo. Mas ao me olhar no espelho, vou ver minhas curvas e me sentir enorme do mesmo jeito.

Estou tentando ser forte, tenho consciência sobre uma alimentação saudável, e minha sorte é que gosto tanto de comer, que não deixaria de fazer isso por nada! Não ficaria realmente doente, anoréxica.

Mas isso que estou passando, não é saudável!

Alguma ideia do que eu posso fazer?

segunda-feira, agosto 12, 2013

Meus horários (Treino - Alimentação)

Temos que concordar que infelizmente, não temos tempo para fazer tudo o que queremos, eu então... Precisaria de umas 30 horas no minimo por dia.

Bom, mas vamos nos resolver com o que temos.

Vou descrever agora, meus horarios, para que fiquei mais facil entender minha rotina.

Então la vamos nós!

05h00 acordar.

06h00 às 07h00 treino na academia.

Eventualmente acontece de eu não conseguir levantar, e perder o treino. 

07h00  às 08h00 tomar banho e ir trabalhar.

08h00 às 13h00 trabalhar.

13h00 ás 14h15 almoço.

14h15 às 18h00 trabalhar.

18h30 às 22h00 treino na academia.

Agora o horario que faço minhas refeições

06h00 - Pré-treino
07h00 - Pós-treino (Whey)
10h00 - Lanche
13h00 - Almoço
16h00 - Lanche leve (uma fruta)
18h00 - Pré-treino (ultima refeição solida do dia)
22h00 - Pós-treino (Whey + Colágeno)

Terça e quinta eu tenho inglês depois do trabalho e chego na academia por volta das 20h30.

E o cronograma dos meus treinos.

Segunda
De manhã
30 min de esteira + 4 aparelhos de Braço.

De noite
40 min de aula localizada de abdômen, 40 min de Jump, 30 min de aula de ritmos, 5 exercícios de braço e costas, 4 exercício de abdômen com peso (2 oblíquos, 1 supra, 1 infra).

Terça (ainda estou adaptando)
De manhã
50 min de esteira (ou 30/40 de esteira e 2 aparelhos do treino de pernas)

De noite
8 exercicios de perna e gluteos (6 se eu fizer 2 de manhã)

Quarta
De manhã (igual segunda)

De noite
Alongamento, 40 min de aula localizada de abdômen, 40 min de Jump, 5 exercícios de braço e costas, 4 exercício de abdômen com peso (2 oblíquos, 1 supra, 1 infra).

Quinta
(Tudo igual a terça)

Sexta
De manha
50 min de esteira (sem musculação)

De noite
40 min de aula localizada de abdômen, 40 min de Jump

Meu fim de semana é off de academia. 

O que vocês tem a dizer sobre meus horários?

Dieta da semana #1

E lá vai a primeira semana de Projeto Fitness!

Vou montar uma postagem no começo da semana com tudo que eu comi durante a semana. Incluindo quando eu sair da dieta, assim vocês podem puxar minha orelha e me dar forças para não fazer de novo.

Eu não vou lembrar agora, tudo que eu comi a semana toda passada, então esse post é mais de "presentação"

A verdade é que eu precisava confessar que sai da dieta no fim de semana.

E não foi só um pulinho não, foi um salto de bungee jump.

Comi esfirra, pudim, chocolate, e pasme... DOIS croissant de chocolate COBERTOS de chocolate... Me matem!

Como aos fim de semana eu trabalho durante a noite, meus horários ficam todos desregulados, e a necessidade de comer algo calórico, é insuportável!

Vai ser muito difícil!

Vou pensar em um fim de semana por vez, até me acostumar e me controlar.

Por favor, me dêem força! Porque o espirito de gordinha me domina!

Semana que vem, o "Dietando" vem com tudo que comer essa semana.

Espero não vim com más noticias de novo!

Peço que os entendidos do assunto, me corrijam no que eu estiver errando na minha alimentação. Prometo levar em consideração os comentários e tentar me ajustar!

Conto com vocês!

Até a próxima!

sexta-feira, agosto 09, 2013

Suplemento: Whey Protein

Esse com certeza é o suplemento mais famoso nas academias!

Mas você sabe o que ele faz?

Whey Protein é a proteína do soro do leite extraída durante o processo de transformação do leite em queijo.
As principais vantagens de fazer o uso de Whey Protein ao invés de outras fontes de proteínas, seriam elas:
  • Maior valor biológico (VB 100), para se ter uma idéia, o valor biológico do frango está em 79, do peixe 83, carne vermelha 80, ovos de 88 á 100 e laticínios como o leite e queijo chegam a 80 o seu valor biológico, e que também seriam essas, outras fontes de proteínas indicas para consumo; 
  • Outro fator importante da Whey Protein, é a alta concentração de Glutamina e BCAA, e com um relevante a mais, já que comparando grama a grama a Whey Protein com outras fontes de proteína, ela é a que fornece mais aminoácidos essenciais para o corpo, sem a adição de colesterol e gordura.
O site Treino Mestre tem vários artigos sobre Whey Protein. Confira:

Whey Protein - O que é, efeitos e como tomar
Dicas para não desperdiçar sua Whey Protein
Os erros mais frequentes no uso de suplementos alimentares (ótimas dicas)
Whey Protein engorda, emagrece ou só ganha massa muscular? - Tirando todas as dúvidas

Bom, agora que você sabe tudo que eu sei sobre Whey, vou falar sobre o que eu estou tomando.
Chanãaa!

Eu não entendo muito de marcas, não conheço nenhuma, então não faço ideia se essa marca é boa (quem souber deixa nos comentários).

Confiei na minha amiga que me vendeu e vende para meus colegas de trabalho.

Decidi tomar Whey, pois como estou focando minha alimentação e treino em perder gordura (muito aeróbico e o mínimo de calorias possível) vou acabar perdendo massa magra também. Para amenizar isso, decidi tomar Whey para me ajudar a segurar/ganhar massa magra.

Nãooo sou expert nisso, ainda estou descobrindo. Por exemplo, li no Treino Mestre que tomar Whey sem carboidrato é desperdício. Gelei neh! Como assim? Eu to tomando ele só com agua, sem nenhum tipo de carboidrato (na verdade eu venho correndo de carboidrato). Estou pesquisando ainda sobre isso e se for verdade, la vou eu alterar minha dieta de novo ( - . -' )

Paguei R$ 80,00 nesse Whey com desconto, o valor original era R$ 90,00. E preciso dizer que acho ele delicioso! Muito dilicia!

Estou tomando ele desde segunda feira (06/08), ainda é cedo para dar algum parecer. Por hora meu único medo é engordar com ele. Já li que isso não vai acontecer, mas ainda tenho meu pé atrás, porque estou pilhada em perder, perder, secar! rs

Logo mais volto para falar os resultados que tive com o Whey, por hora ele já ajuda a controlar a fome, da para trocar ele pela janta por exemplo. (ainda estou testando isso).

Alguém tem alguma dica para compartilhar?

O que estou comendo essa semana

Alimentação é algo que precisamos adaptar, mudar, e tentar coisas diferentes. Afinal, ninguém vai querer comer a mesma coisa o ano inteiro.

Sendo assim, vou fazer posts contando o que estou comendo durante a semana.

Costumo ir ao mercado a cada 7 ou 15 dias, e sempre troco as opções possíveis, como por exemplo, o recheio do lanche, e troco de novo quando os ingredientes daquele recheio acabar.

Alguns itens, como o Nesfit, sempre fazem parte da minha dieta, pois eu adoro cereal e ele não vai sabotar minha dieta.

No começo da minha Reeducação, comprei arroz integral, frango e ovo, então cozinhei e desfiei o frango, misturei com o arroz e condimentos (milho, cenoura, temperos) e fiz um tipo personalizado de risoto. Comia com ovo cozido e salada.

Essa semana estou comendo:

Lanche de peito de peru, tomate (e milho as vezes), cream cheese light, pã integral, molho ceasar light (ou katchup) e as vezes (quando eu lembro) coloco orégano


Iorgute Grego light (natural, maracujá ou frutas vermelhas) com Nesfit

Maçã

Todos os itens dessa semana, eu comprei na ultima ida ao mercado, e gastei em torno de R$ 70,00.

Provavelmente semana que vem vou trocar o recheio do lanche e a fruta.

E vocês, o que estão comendo?

quinta-feira, agosto 08, 2013

Suplemento: Lipo 6 Black Ultra Concentrado

 

Seguindo com as postagens sobre o Projeto Fitness, vou falar do primeiro suplemento que comecei a tomar.

Antes de tudo, vamos esclarecer uma coisa:
Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos ouaminoácidos, que podem estar faltando ou não podem ser consumida em quantidade suficiente na dieta de uma pessoa.
Os suplementos alimentares para fisiculturismo são usados por praticantes de atividade física, mais comum em praticantes de musculação, proporciona nutrientes essenciais como proteínas, carboidratos, aminoácidos, vitaminas e etc.
A grande vantagem dos suplementos para fisiculturismo é a pouca quantidade de gordura presente neles.
Ou seja, suplemento não é bomba, não é anabolizante ou nada "químico".

Ok, então suplemento são "naturais"?

Sim, são encontrados nos alimentos.

Se são encontrados nos alimentos, por que eu tenho que comprar?

Você não tem que comprar, você pode sim conseguir nos alimentos, porem nos alimentos eles não tão concentrados e também haverá a ingestão de gordura. Tudo depende do seu objetivo e do seu treino.

Ok, vamos falar do que eu vim para falar!

O Lipo 6 Black Ultra Concentrado, é um termogênico."Alimentos termogênicos, conhecidos como queimadores de gordura ou Fat Burner são alimentos que requerem mais energia para serem processados e digeridos pelo corpo, levando assim a um aumento do gasto energético. Ou seja, pode ajudar o seu metabolismo a ficar mais rápido o que  facilita a redução de peso e queima da gordura corporal."
Leia mais aqui

O Lipo 6 Black, não é o único suplemento termogênico que você vai encontrar, a dezenas de marcas e modelo para encontrar. Optei pelo Lipo 6, por ter pesquisado muito sobre isso e ele é classificado como um dos melhores.

O que ele promete:
Alta redução de gordura localizada Diminuição de até a 8kg de gordura no primeiro mês Maior definição muscular (aumento de massa muscular) Energia para treinar com mais pique Aceleração do metabolismo Melhoria do contorno corporal 

Ele vem com algodão dentro para impedir as cápsulas de grudarem.
Informações da embalagem (#Confesso que não li)
Mais informações sobre o produto aqui.
Esclarecendo algumas duvidas aqui.

Existe varias versões de Lipo 6, veja nesse link, qual a diferença entre eles e qual o mais indicado para você.

Alguns video com o depoimento de quem usou.
Video 1, Video 2.

Agora que você caro leitor, esta totalmente informado sobre o produto, vou compartilhar minha experiência.

NOTA: Esse relato é baseado na minha experiência, tomando Lipo 6 a 17 dias (34 cápsulas). E lembrando que cada organismo reage diferente.

Confesso que fiquei um pouco decepcionada, pois esperava efeitos assombrosos e não foi o que tive. Em mim, o Lipo 6 não deu tanto gás como eu imaginei. Sim, ele da uma disposição para se exercitar, mas só é evidente (em mim pelo menos) quando eu realmente pratico algum exercício, se eu tomar em um dia off (sem treino) não sinto mais disposição, sinto uma tremedeira estranha nos braços, uma inquietação desconfortável, não é sempre, mas acontece às vezes.

Me disseram que ele me faria suar. Também não deu certo. Não vi suor mais que o normal em nenhum momento.

Ele regula o intestino. MUITO verdade. Gente, larga o Activia e pega o Lipo 6. Ele regula muito bem, bem mesmo. Dizem que a gordura é eliminada através das fezes e urina, se for isso mesmo, a gordura esta indo embora.

Inibe o apetite. Comigo aconteceu algumas vezes. Teve um fim de semana, que ele me deixou totalmente sem vontade de comer, e se fiz 3 refeições em 2 dias foi muito. Mas não é sempre. As vezes ele me deixa meio enjoada por um tempo, coisa passageira, mas isso é devido ao aumento do metabolismo que causa mesmo enjoo.

Ainda é cedo para dizer que tive grandes resultados, não estou usando nem 3 semanas. Pretendo usar no mínimo 3 meses e no máximo 6. Vamos acompanhar durante o projeto os efeitos.

Nessas quase 3 semanas, não posso dizer que perdi peso ou medidas, nada que dê grande diferença, mas não posso cobrar, afinal, em quase 3 semanas eu estou levando a alimentação a serio a 2 e a musculação a 1 semana. Não tem como ter resultados significativos. O produto não vai fazer milagre sozinho. Então aguardemos.

O preço é sim salgado, paguei R$ 150,00 por ter conseguido com uma companheira de trabalho que possui uma loja de suplementos e consegue descontos. Achei em uma loja perto de casa por R$ 190,00 e pela internet por R$ 170,00 + frete.

Vale a pena? Ainda não posso dizer. Por hora estou satisfeita com o produto.

Alguem mais toma e tem algo a acrescentar?

Acompanhe os posts sobre o projeto!

Projeto Fitness - Todos os Posts

Acompanhe abaixo, todos os posts sobre meu Projeto Fitness

Por que eu tranquei a faculdade

Essa com certeza foi umas das decisões mais radicais que já tomei. Alterou meu presente e meu futuro. Fui julgada, subjugada, e crucificada por isso. Mas quer saber? Nunca estive tão feliz!

Vamos começar do começo, a 2 anos atrás...

Quando terminei o colegial, estava trabalhando em uma multi nacional. Tinha ciência de que se estivesse cursando uma faculdade, poderia conseguir um estagio apos o termino de contrato de menor aprendiz. A empresa era um ótimo lugar e a vaga muito boa. Aproveitei a oportunidade e comecei uma faculdade no semestre seguinte.

Para conseguir o estagio eu teria que cursar Administradão ou Secretariado. Optei por Administradão.

Eu sempre soube que minha vocação era para arte. Desenho desde os 5 anos de idade, e nunca precisei fazer curso, adoro editar fotos, criar layout e desenhar roupas, animes etc. É isso que eu quero fazer pelo resto da vida. Mas sabemos que conseguir um emprego nessa areá não costuma ser fácil, pelo menos era o que eu pensava naquela época.

Optei por Administradão para me estabelecer em um emprego e depois fazer outra faculdade que tinha mais a ver comigo... Mas como não podemos prever o futuro, muita coisa mudou.

No começo do segundo ano descobri um programa de intercâmbio. Uma maneira de realizar meu sonho de viajar para fora de forma barata. (leia sobre isso aqui)

No começo do 3º ano (janeiro de 2013) eu já não estava mais feliz com meu curso, não via mais motivo para estar ali toda noite, apesar de me identificar com o curso. Queria jogar tudo para o alto.

Tinha decidido terminar a faculdade, mas os planos mudam...

No final do semestre passado tentei trocar para uma faculdade próxima de casa, pois ao mudar de emprego no final do meu contrato de estagio, não conseguia chegar na hora da aula.

A faculdade nova, me deu 1 ano e meio a mais do que eu teria para terminar a faculdade, eu faria a faculdade em 5 anos e meio e não mais em 4. Eu não aceitei!

Ao analisar os acontecimentos, vi que tudo estava se encaixando para que eu realizasse meu sonho naquele momento. Não era para ter sido no começo da faculdade, era para ser agora!

Então tranquei. Sem dó, sem peso na consciência. Completamente feliz e aliviada. Estou muito animada por entrar no processo de intercâmbio. Tenho tempo para me dedicar ao meu corpo, ao inglês. Tenho tempo para mim mesma.

Claro que ouvi muita gente pesando no meu ouvido. Ninguém sabe realmente o que nos faz feliz. Eles podem nãoconcordar, mas eu nunca estive mais feliz!

Se eu me arrepender, paciência. Estou indo atrás da minha felicidade!

E ano que vem eu vou ser Au Pair!

Torçam por mim!
 Bjs

Todos posts sobre Au Pair

Acompanhe abaixo todos os posts sobre meu processo de Au Pair

Posts no blog Wall Pair


Posts no Como Sonhei


Posts no Blog das 30 Au Pairs


Sobre lidar com as escolhas

Tomar decisões geralmente exige muito nós. Quanto mais complexa e importante, mais vai tirar nosso sono. Como se não fosse suficiente termos que dar o passo, arriscar, jogar os dados... Ainda há toda pressão dos que estão a nossa volta.

A verdade é que, somente nós podemos fazer isso, pois na maioria dos casos, as escolhas vão afetar tão somente a nós mesmos. O que adianta você considerar a preferência de outros, quando aquela decisão vai afetar somente a você?

E se... E se, nos perguntamos. E se eu fizer isso como será? E se eu não fizer?

O medo do desconhecido é terrível. Não saber como vai ser te impede de estar preparado. Por mais que você dê tudo de si, não vai estar preparado 100% para o desconhecido. Isso não é de todo ruim, o elemento surpresa vai fazê-lo aprender com os pequenos erros, te dará boas historias para contar, e vai te preparar para o futuro.

A muito tempo li uma frase que nunca vou esquecer.

"Pior do que a convicção do não, é a incerteza do talvez e a desilusão do quase"

Você já conhece a zona de conforto em que se encontra, mas não tem ideia de como será quando mudar. E se não der para voltar atrás? E se perder o jogo? E se...

Quer saber minha opinião? Arrisque!

Se não gostar do resultado, volte atrás, de cabeça erguida porque você tentou. Se não der, mude de novo, tente, arrisque, aposte em outro jogo!

A vida é feita de escolhas, sempre será!

Escolhas pequenas, como o que você vai comer no almoço, ou escolhas grandes como o que você vai querer fazer pelo resto da vida vão sempre surgir.

Eu sei que dá medo. Algumas vezes é apavorante. O desconhecido pode ser seu amigo, pode ser prazeroso, pode ser sua felicidade.

Se der medo, vai com medo mesmo! 

Não pense no que você pode perder, pense no que pode ganhar.

Sou do tipo de pessoa que prefere se decepcionar do que ficar imaginando como seria. A incerteza é mais cruel que desvendar o desconhecido.

E se...

E se você simplesmente se jogar?

Alimentação: O que comer?

Eu gostaria de passar a receita que vai servir para o seu objetivo e você não vai precisar suar para nada. Mas não é tão simples. Nunca é. Levei um tempinho até entender como esse negocio funciona. E olha que funciona viu?

Tudo que você tem que fazer, é saber o que comer.

Você não vai passar fome, não vai passar vontade, não vai se sentir fraco. Quando você come bem e come certo, tudo funciona.

Mas como é isso?

Primeiramente, se você tem condições de ir até um nutricionista, por favor, faça isso!

Se como a maioria das pessoas, seria um gasto a mais, continue lendo.

Depois que você aprende o que é cada alimento, para que serve, melhor horário para consumir, você consegue montar uma dieta de reeducação para você, adaptada para as suas necessidades e para os alimentos que você mais tem acesso.

Eu ainda venho trabalhando na minha dieta, não é algo que você consiga fazer facilmente. Você precisa se adaptar, tentar e tentar de novo.

Vou compartilhar aqui os links e sites que me ajudaram muito a saber o que comer e quando comer.

Vamos lá?

O site Treino Mestre é fantástico! Explica muito sobre alimentação para quem pratica musculação. Os posts que mais me ajudaram estão listados abaixo. Sugiro que deixem o link salvo para uma consulta rápida quando a memoria falhar.

 Primeiro, entenda o que cada tipo de alimento é:

Os lipídios
As proteínas
E os Carboidratos

Confesso que me foco mais nas proteínas e carboidratos, logo tenho mais para compartilhar sobre eles
Nesses artigos, você vai entender um pouco mais sobre carboidratos.

Carboidratos durante a noite engordam ou atrapalham o emagrecimento?
Tabela de Índice Glicêmico dos Carboidratos

Explicando com minhas palavras, há dois tipos de carboidratos. Os maus e os bons. Os maus quando você come, viram energia instantaneamente, e se não utilizados, acumulam como gorduras. Os carboidratos bons, liberam energia aos poucos, desse modo, quase não acumulam,

As proteínas, são responsáveis por auxiliar no ganho de massa magra e na recuperação do músculo no pós treino.

Agora que você entende os tipo de alimentos, veja esses artigos sobre o que comer no pré e pós treino.

Receita de lanches e refeições pré e pós treino
Lanches para antes e depois dos treinos aeróbicos

O site Fechando o zíper me ajudou muito na hora de escolher o que levar para casa. Ele desvenda o rotulo complicado dos alimentos, e alguns artigos depois, você já consegue se orientar sozinho nas prateleiras do mercado.

Além disso ele tem matérias incríveis como a de que Toddynho tem mais açúcar que coca-cola (eu ainda estou chocada)

Se você tem muita dificuldade em seguir uma alimentação legal, o site Sete Fit   pode ser uma opção. Ele vende refeições naturais pré-prontas. Não acredito que seja a melhor opção, pois a reeducação é mais fácil, quando habituadas a sua realidade. Mas pode ser um começo.

Também tem os blogs Tips4Life e Blog da Mims que tem varias matérias sobre alimentos e o que comer (além de serem inspirações). Foi no Tips4Life que descobri a delicia que é o Nesfit  e que eu, louca por cereal, ainda posso feliz na reeducação.

Como é minha alimentação

Estou focada em perder gordura localizada, logo minha alimentação tem o menor teor de gordura possível. Troquei todos os carboidratos que eu consumo, por carboidratos "bons"; não como carboidrato depois das 18h00 (ainda estou trabalhando nessa parte). Almoço consumo bastante salada, frango e ovo (proteínas) e uma quantidade mínima de carboidratos. Nos intervalos, lanche natural de paó integral (faço uns muito deliciosos, fiquei atento pois vem receitas).

Estou tentando adaptar o Whey para trocar por alguma refeição, mas ainda estou testando isso. Como disse, a alimentação é questão de adaptação e tentativas.

Como de 3 em 3 horas até as 18h00. Como treino das 18h00 as 22h00 tenho que encaixar algum alimento de fácil transporte. Estou considerando uma maçã, mas ainda não sei.

Espero que tenha ficado claro, foi por esses links que eu mais me orientei. Depois separei os alimentos que mais tenho acesso, frango ao invés de peixe por exemplo e estou vendo quais alimentos eu me adapto melhor.

É isso, qualquer duvida é só perguntar nos comentários!

Bjs.

Projeto Fitness

Esse provavelmente vai ser o tema que vai reinar as postagens dos próximos dias. É algo que tem tomado bastante minha atenção.

Sim, eu resolvi mudar!

Durante minha adolescência, sempre fui "cheinha" e nunca tive liberdade de usar roupichas curtas. Mesmo após a adolescência, eu mantive o acumulo de gordura localizada, que só piorou após um período que trabalhei em uma pizzaria (e jantava pizza toda noite #Saudade)

Associado a isso, com trabalho, faculdade e inglês, eu não tinha tempo para praticar exercícios, ou ter uma alimentação correta, então a tendência era apenas piorar.

Ate os 13 anos posso dizer que fui gorda mesmo, bem roliça, mas não lembro de ter tido grandes problemas por isso.

Depois da adolescência, a gordurinha localizada me incomodava, mas sem grandes dramas. Tirando a pré adolescência, nunca fui realmente gorda. Tenho sido por muito tempo a "Falsa Magra".

Mas eu cansei! Sim, eu vou mudar!

No meio do ano, decidi que entraria em uma academia, e me livraria das gordurinhas localizadas. Por cerca de dois meses, fui esporadicamente, sem mexer muito na alimentação. Conclusão: Desperdício de dinheiro. Acabei foi engordando 2 kilos.

Agora, passei por uma mudança nos meus horários, tenho mais tempo livre, e novos projetos para o ano que vem, tenho cerca de 6 meses para mudar meu corpo.

Estou muito focada, levando muito a serio meu treinamento, porque eu quero mudar! Eu vou mudar!

Não é fácil.. É um saco! É difícil, é chato, é exaustivo... Mas vale cada gota de suor!

A partir de agora, vou compartilhar aqui, tudo que tenho descoberto nesse mundo Ffitnesss.. Tudo que tenho aprendido. E claro, meus resultados, dieta, treinos e inspirações.

Vamos conhecer meu projeto!

Meu objetivo, não é ser a nova Panicat, nem a nova Angel Victoria's Secrets. Quero definir meu corpo da maneira que eu sempre sonhei em ter. Que basicamente é:

Esse Abdômen.
Pernas torneadas sem exageros, ou músculos saltando.
E um bumbum trabalhado, mas sem exageros.
Basicamente, me da o corpo da Sabrina Sato que eu fico feliz rs

Minha meta não é tão difícil, por isso tenho fé que vou atingir meu objetivo.

Agora, vem a hora que eu morro de vergonha. Vou mostrar meu corpo atual. Não está sendo NADA fácil me expor assim, porem, sei que isso vai me motivar e me ajudar a visualizar meus resultados, porque o espelho mente de mais!

Sem mais delongas.. La vai.

Fotos dia 04/08/2013


Esse é meu corpo agora. Atenção aos pontos em destaque:

1 - Culote (o que mais me incomoda)
2 - Bumbum caidinho
3 - Abdômen flácido
4 - Pernas molengas

- Com o projeto Fitness vou desenhar meu corpo, e de quebra ficar livre das celulites.
- Também vou precisar colocar silicone, mas isso é assunto para outro post.
- Atenção para a postura também, pois tenho lordose.

A cada duas semanas vou medir e tirar novas fotos para acompanhar o desenvolvimento. Vou compartilhar as medidas, os suplementos que tenho tomado... Tudo que estou fazendo para chegar ao meu corpo ideal.

Atualmente minhas medidas são (dados do dia 04/08/13)

Busto _____________    84cm
Cintura ____________  65cm
Obliquo (culote) _____  83cm
Quadril (Bumbum) ___ 98cm
Perna D ____________  54cm
Perna E ____________  53cm
Peso _______________  61k

Estou levando o projeto a serio a cerca de 3 semanas, e a serio serio MESMO, a partir dessa semana, pois começo de semestre cheira a renovação.

Atualmente, já tive os seguintes gastos:

Parece muito neh?

Eu sei que tenho visto resultados, não só na aparência, mas como na disposição, sono e etc. Então sim, esta valendo a pena.

Espero que vocês torçam por mim, e acompanhe meu projeto Fitness... Vai ter muita coisa legal por aqui.

E se alguém também estiver fazendo algum, entre em contato, vou adorar acompanhar o de vocês e compartilhar dicas e experiências.

Bjs e até!

terça-feira, agosto 06, 2013

3º Meta: Vamos falar de Tatuagens!

Tatuagem fazia parte da minha meta antes dos 20 anos. Fiz 2 de uma vez no dia 06 de fevereiro. E vou contar tudinho como foi.

O primeiro passo foi saber para que eu queria uma tattoo. Qual significado ela teria e o que ela me lembraria.
Depois disso, eu mesma desenhei minhas tatuagens. Busquei referencias na Internet, pedi ajuda de amigos que também desenhavam até chegar exatamente no que eu queria.
Pesquisei tudo que eu pude sobre cuidados antes e depois, e quando tive certeza de que estava segura, marquei a cessão.

Escolher o tatuador é uma tarefa quase tão importante quanto o desenho. PRINCIPALMENTE se ele for fazer o desenho para você, por isso, olhos abertos!

Fiz minhas tatuagens com um amigo meu, que recém abriu um estúdio. Gostei muito do modo como fui tratada, da paciência que ele teve comigo, de como me acessorou durante a recuperação e a preocupação com o acabamento do desenho final.

Trocamos mensagens por WhatsApp frequentemente onde eu mandava fotos da evolução da tatuagem e ele me respondia qualquer duvida. Então, posso dizer que escolhi muito bem. Procure um lugar onde você se sinta em casa, bem acolhida e segura para fazer sua tatuagem.

Bom, chega de delongas, vamos falar dos desenhos em si.

A primeira que fiz, foi a foto de capa do post. Duas asas, uma em cada pé.
O desenho original foi feito com a ajuda de um amigo que fez o sombreamento.
Versão original feita por mim.
Versão final sombreada pelo meu amigo.
A inspiração para esse desenho, saiu do anime Sakura Card Captors, eu queria asas com o mesmo efeito que tinha no desenho.
Não encontrei uma imagem do desenho, mas era algo nesse estilo.
O processo de tatuagem, dependendo do lugar é complicado, dolorido. Posso afirmar isso pois fiz duas tatuagens, a dos pés, eu sofri (e MUITO) do começo ao fim, e por dias depois. A segunda, não tive problema algum, nem durante o processo nem na cicatrização.

Tive sorte de fazer com um tatuador experiente e paciente. Fizemos a tatuagem em 4 horas, quando deveria ter durado 2. Ele esperou por mim sempre que eu tomava um tempo pela dor, e foi muito compreensivo, e não me cobrou pelo retoque.
Acompanhe abaixo o resultado e o processo da minha cicatrização.

Preciso dizer que a cicatrização não é nada fácil, pelo menos comigo não foi. Fiquei sem usar sapato por uma semana, a tatuagem descascou muito, coçou, doeu, ardeu, e desbotou, tanto que tive que retocar depois de uns 40 dias e ainda não estou satisfeita e provavelmente vou retocar de novo.
Cicatrização

Últimos dias de cicatrização

Depois do retoque - Estado atual
 Esse lugar é bem difícil de pegar, e de cuidar depois da cicatrização. Não sei se vai desbotar mais devido ao atrito do sapato, mas juro que daria tudo para não retocar de novo, doí de mais ( T.T )

Essa tatuagem tem um grande significado para mim, me lembra que eu não tenho os pés preso ao chão, que sou livre para partir e ir aonde eu quiser.

A segunda tatuagem também foi um desenho meu, mas essa eu não vou compartilhar. É um segredo particular, feita em um lugar onde salvo em ocasiões especiais ela aparece e tem um significado intimo. Acho isso muito legal e o significado dela é e sera muito importante para mim por toda a minha vida.

Acho que esse post ficou meio confuso de informações, mas é isso, a realização da minha meta.
Tenho pretensão de fazer mais tatuagens, mas somente quando eu estiver muito certa.

:)

segunda-feira, agosto 05, 2013

4º Meta: Carta de motorista

Eu devia ter escrito antes, pois agora não lembro muito disso.

Por isso, aqui vai uma versão mais resumida.

Basicamente o processo é simples. Você tem duas opções no começo.

A

Você entra no site do Detran, agenda um dia para ir ate la fazer o cadastro e tirar uma foto. Depois encontra uma escola de CFC, se cadastra, pagar a taxa em torno de R$ 150,00 e faz o curso. São 10 aulas, podendo ser de segunda a sexta (manha, tarde ou noite) ou aos sábados.

Apos terminar o curso, você retira o certificado e pode marcar a prova teórica também pelo site do Detran.

Faz a prova, e apos ser aprovado, vai até uma auto escola pagar emarcar as aulas praticas.

Ou B

Você vai direto ate uma auto escola e ela vai encaminhar você para o CFC credenciado e vai marcar a prova para você.

Particularmente, não vejo diferença.

As aulas praticas são 20 horas, e são marcadas de acordo com sua disponibilidade, apos receber o certificado, a auto escola marca a sua (temida) prova pratica.

Você passa na prova, paga uma taxa de R$ 40,00 e recebe sua carta em casa.

O valor varia de estado para estado. Em são paulo, zona sul, custa em media R$ 750,00 todo o processo.

Minha experiência:

Eu NUNCA tinha sentado no banco do motorista, não sabia nem ligar o carro (serio!) então era tudo novidade.
O curso teórico era muito chato, massante e dava sono (rs) mas foi tranquilo.
A prova teórica, ridícula! Só não pode deixar o nervosismo tomar conta.
Tive problemas com meu professor das aulas praticas, ele era um fanfarão barato e ficava discutindo comigo. Então pode imaginar como foi minha prova pratica neh?
No dia eu estava mega nervosa. Era um trajeto simples, dar a volta em um quarteirão e fazer baliza (isso pode variar de auto escola para auto escola). Chegamos as 8 da manha e só fizemos a prova por volta das 11 da manha.
Imagina passar a manha no sol, vendo centenas de pessoas fazendo a prova, umas passando, outras reprovando. Não ajudou em nada.
Sim, eu reprovei. Deixei o carro morrer na ladeira, depois de ter feito a parte mais dificil do trajeto que era a baliza. Não gosto nem de lembrar quanto eu fiquei aprazada...
Mas ai, enxuga as lagrimas, e vamos tentar de novo.

Ao ser reprovada, seu cadastro volta para o Detran. Demorou cerca de um mês para conseguir fazer de novo. Nesse meio tempo, fiz aulas particulares com um professor que foi tudo de bom! Trabalhou muito bem até me deixar confiante para fazer o mesmo trajeto conversando com ele.
Você desembolça R$ 150,00 (pode variar) para remarcar e vai de novo passar a manha no sol quente esperando sua vez.
A segunda vez eu estava mais calma, já conhecia o esquema e o trajeto. isso até entrar no carro. Digamos que na primeira vez eu estava nervosa nível 100 e na segunda, nível 60. Eu respirei fundo o trajeto todo e mandei ver. Corrigi o que tinha errado da outra vez e acreditei em mim. Sabia que eu tinha feito com meu professor, que eu sabia como fazer isso. E fiz!

Sai do carro pulando de alegria! É um alivio IMENSO!

Agora, segue algumas ressalvas:

Ressalva 1
Tome cuidado com os avaliadores. Eles são delegados e a maioria são mal educados e ignorantes. Você fica chocada com o que eles fazem, reprovando pessoas pelo jeito que liga o carro.

Ressalva 2
Não confie no "deixa". Quanto mais pessoas aderem a isso, mais a mafia lucra e alunos são reprovados injustamente. Alem disso, nas duas vezes que fiz prova, vi pessoas que tinham pago (cerca de R$ 450,00 na minha auto escola) e ainda sim foram reprovadas. Ao falar isso com meu professor particular, ele confirmou que isso não é mais garantia, tudo depende do avaliador que você vai pegar. Então não vale a pena!

Ressalva 3
Tudo é questão de controlar o nervosismo. Sei que é quase impossível, mas as 20 horas são suficientes para aprender o suficiente para a prova. Se você não esta seguro, tire umas 2 semanas para treinar. Melhor do que pagar para fazer de novo.

Ressalva 4
Cuidado ao pegar carro de amigos e familiares para treinar. Fiz isso antes da prova e joguei o carro do meu amigo em um buraco de arvore na ladeira. Amassei a arvore e o para choque dele. Alem de precisar de mais um carro para sair de la. #Tenso

Esse foi meu processo, hoje tenho minha carta guardadinha em casa (rs)

Bjs e até a próxima

Aquela história de voltar com tudo, quando eu nem devia ter ido

Vai dizer que nunca leu "Dessa vez vai galera! Vou voltar com tudo!"?
Eu não vou soltar mais uma promessa dessas (de novo) quando eu não devia ter deixado de escrever.

Na verdade eu e blogs temos uma relação bem instável. Tenho na minha cabeça, muitas ideias, muitas coisas que seriam bom compartilhar, historias, reflexões, experiências... Eu preciso, é não deixar o desanimo me abater, aceitar que estou escrevendo por mim, não pelos outros, pela simples paixão de escrever. O mal de ter uma cabeça tao agitada, é que vira e mexe ela se agita e muda de direção e meus projetos que antes pareciam tao interessantes dão lugares a outros e torna-se um ciclo vicioso.

"Dessa vez vai" sempre digo a mim mesma.

Mas quem sabe dessa vez vai? Talvez vou aproveitar o novo gás e criar tantos textos que vão durar ate a próxima injeção de animo.

As vezes parece tao impossível por a confusão que tenho aqui em ordem. Nunca consegui organizar todos os meus pensamentos, tantas imagens, tantas ideias...

Já perdi a conta de quantas vezes um desenho, um vestido, uma frase, uma historia remoê na minha cabeça ate eu colocá-la para fora, ou simplesmente sufocá-la com outra e mais outra... Já me sinto sufocada só de lembrar.

Tenho que aceitar, que preciso de um espaço para por isso no papel, ou no teclado. Preciso tornar os pensamentos reais para desafogar esse fluxo interminável! Acho que eu simplesmente enlouqueci!

E o que dizer desse nome para o blog? Parecia fazer tanto sentido na época, assim como as minhas 5 metas. Eu poderia apagá-las, mas vou deixa-las, para que fiquei registrado que já escrevi coisas inúteis. Ou simplesmente, para demonstrar o quanto minhas metas mudam, talvez não menos inúteis para o mundo, mas fazendo sentido em determinada época da minha vida.

A verdade é que eu não devia ter ido, mas eu sou impulsiva, não peço permissão, não pergunto se é melhor, eu me jogo.

E cá estou, me jogando de novo no mundo Blogsférico...

Sera que dessa vez vai?

quarta-feira, maio 08, 2013

Livro | A Última Dor - Capitulo 1



- Vamos começar querida?
Penso: “Me chama de querida de novo, e eu pulo no seu pescoço!”
Respondo:
- Claro Dra. Fisher!
- Bom, comece falando de você...
“Para quê? Você sabe tudo que tem para saber!”
- Como devo começar?
- Como achar que deve – ela apertou um pouco os olhos e fixou-os em mim – Com o que considerar importante.
Seguiu-se um silêncio. Ela continuava a me encarar. Isso era agonizante...
- Bom... – decidi começar – Meu nome é Elizabeth Roosevelt. Tenho 16 anos. Sou brasileira. Moro em Copacabana, Rio de Janeiro. E... Sei lá...!
- Continue querida... É só dizer o que passar pela sua cabeça, seus sentimentos... É fácil...!
“Seria, se você parasse de me encarar com esses olhos minúsculos como se eu fosse uma psicopata!”
- Dra. Fisher... Isso está me enchendo! É o 5º encontro, e a senhora sempre pede a mesma coisa!
Senti a corrente de ar que passava pelo assustador escritório da Dra. Fisher arrepiar-me.
- Bem querida, se está sendo tão incômodo... Vamos mudar a perspectiva! Vou te fazer perguntas e você se preocupa apenas em respondê-las OK?
“É pra isso que você é paga? Para encher meu saco?”
- Ta! Pode começar!
Infelizmente, agora sei o quanto me arrependo dessas palavras.
A Dra. Fisher é uma mulher asiática, de estatura baixa, olhos minúsculos e maldosos, cabelos “escorridos” – do tipo “a vaca passou a língua” – e curtos. De acordo com sua parede de certificados, se formou em psicologia, é solteira – eu diria encalhada – e para meu desagrado era um tanto... Eu diria “curiosa” e persuasiva.
Não que eu não goste da Dra. Alice Fisher – minha psicóloga – ela até que é legal, mas o fato de me tratar como se eu fosse uma adolescente perturbada... "Você passou uma experiência traumática, por isso vai ser assistida por mim. Não estou dizendo que você está louca querida, apenas quero o melhor pra você!"
As palavras dela no primeiro encontro – ou como temo em mencionar “primeira consulta” – ainda remoem na minha cabeça.
Eu nunca fui a favor de psicólogos. Particularmente nunca precisei de um. Sempre achei perda de tempo e dinheiro (excerto para os doentes mentais, lógico). E agora, estou sentada diante da melhor psicóloga – e a mais cara provavelmente – de Copacabana.
- Elizabeth! Está prestando atenção?
“Nem um pouquinho!” pensei.
- Claro que estou!
- Muito bem... – continuou ela, explicando as vantagens da nova perspectiva que ela usaria.
Sabe quando você sabe que algo ruim está por vir, mas não acredita realmente que vá acontecer? Pois bem, eu sabia por que tinha ido até aquele consultório, sabia qual seria o assunto, e mesmo após tantas consultas, ainda queria acreditar que ela me pouparia disso...
- Elizabeth – chamou ela – por que não me diz como andam as coisas com você?
- Hamm... – hesitei em responder – Está indo...
- Como vai sua relação com seus amigos?
Geralmente, nas outras consultas, ela deixava que eu falasse neles primeiro.
- Não como antes, e nem poderia... – murmurei as ultimas palavras mais para mim do que para ela.
- Por que não? – perguntou como se não soubesse a resposta.
- Hamm... Não é a mesma coisa sabe, estamos todos diferentes... – o que quer dizer eu.
Ela pareceu hesitar um pouco, por fim falou:
- Isso é bom de certa forma... Levando em conta o que está acontecendo... Você sabe o que eu quero dizer não sabe?
Veio em minha mente, um flash de imagens que durou apenas um segundo, mas que foi suficiente para trazer de novo aquilo.
- Sei!...
- Acha que vai conseguir lidar com isso?
- A senhora sempre me faz essa pergunta!
- E a senhorita sempre se esquiva dela...
Abaixei a cabeça quase que por instinto.
- Me diga Elizabeth, lembra-se daquela noite?
- Realmente acha que eu conseguiria esquecer? – arfei.
- Então sabe por que está aqui? Sabe o que aconteceu e o que vai acontecer agora?
- Para com isso... – murmurei em baixo tom.
Ela não parou. Eu já podia sentir meu peito ardendo e toda aquela dor latejar. Havia algo de estranho nessa consulta. Por mais irritante que fosse, a Dra. Fisher sempre deixava o caminho aberto para que eu falasse apenas o que me sentia a vontade em falar, mas... Agora ela estava me pressionando... Não era como ela costumava agir... E isso só podia significar que...
- Não acredito! – exclamei – ela não vai mesmo fazer isso vai?
O olhar dela mudou, como se estivesse aliviada em eu ter percebido.
- Sinto muito Elizabeth... Ela não quer esperar mais!
Levantei-me num salto com a notícia.
- Quando? – perguntei encarando-a.
- Amanhã de manhã!
- Não acredito! Vocês tinham me prometido mais tempo!
- Sei disso, mas você a conhece, ela não vai esperar mais!
- Isso não é justo! Sabe o que está fazendo comigo?
Ouve uma pausa e só se podia ouvir o som da minha respiração irregular.
- Sim Elizabeth, sei o que isto vai lhe causar, mas estou de mãos atadas!
- E você ainda se considera uma boa psicóloga?!
- Como disse? – perguntou ela incrédula.
- O que ouviu! Você sabe que é errado o que ela vai fazer e mesmo assim dá a autorização que ela precisa? Sabe que é a pior coisa que podia me acontecer e mesmo assim... Como pode? – me virei e fui em direção a porta, mas hesitei na maçaneta – Como consegue dormir à noite?
- Não consigo... – respondeu – Mas acredite criança... Não há alternativa!
- Imagino se você diz isso ao receber seu contracheque...
Foi a ultima coisa dita antes de eu sair.
Deixei as ultimas palavras dela pairarem no ar do consultório e em minha mente.
Não há alternativa!
Realmente não havia.
Tinham me prometido um mês! E, em uma semana tinham descumprindo a palavra. Logo tudo ficaria para trás!
Senti a luz do sol tocar em meu rosto ao sair do prédio. Aquilo era terrivelmente maravilhoso... Tão familiar e tão bom... E em menos de 24 horas seria extinto da minha vida!
O taxi estava esperando na porta do prédio como ela havia dito. Eu não podia me enfiar naquele carro e seguir. Tinha que aproveitar a ultima vez! Aproveitar a brisa da praia de Copacabana, um dia ensolarado na minha doce praia.
A clinica ficava na Av. Ns. De Copacabana a dois quarteirões da praia, que a alguns quilômetros a esquerda ficava meu condomínio, Edifício South. Dispensei o taxi e fui caminhar na praia. Sentir a areia nos pés, a brisa do mar... Pela ultima vez!  
Você deve estar perguntando, o que eu estava fazendo no consultório dessa doida. E o que está prestes a acontecer comigo. Bom, em menos de 24 horas minha vida vai mudar completamente. Vai se transformar em um inferno! Quem eu quero enganar? Minha vida é um inferno desde daquela noite...

[...]

Duas semanas atrás estávamos voltando de uma viagem de fim de semana, meus pais e eu. Meu pai estava no volante, minha mãe, sentada atrás comigo. Era por volta das 21 horas. Havia chovido e a pista estava molhada... Eu não me lembro de muita coisa, ficaram lacunas na minha memória... Estava tudo tão bem... De repente eu vi um clarão de luz vindo da pista e meu pai se virou bruscamente me encarando nos olhos. Sua expressão... Seu olhar... Ele estava aterrorizado, havia medo, preocupação, desespero em seu olhar... O seu olhar... É uma das últimas coisas que lembro antes de tudo escurecer. Lembro de ter ouvido um forte barulho, uma espécie de estrondo. Algo me apertando, algo que me pareceu quente e depois úmido, como sangue escorrendo pelo meu corpo. Seguido logo depois por um barulho estranho, baixo e então, um impacto forte seguido de dor. Muita dor, vinda de várias direções.
Por mais que tentasse, não conseguia distingui-las. Não conseguia abrir meus olhos. Foi tudo tão rápido e depois... Algo que não sei explicar. Havia uma luz nessa escuridão, e... Bom, nada! Nada que me valha lembrar eu acredito e então, tudo some de novo.
Quando acordei já estava no hospital.
Ainda sentia dor e estava levemente entorpecida. Tinha um médico e uma enfermeira ao meu lado e dois homens engravatados – que depois vim descobrir que eram assistentes sociais. Eles mantinham conversas paralelas sobre a sorte que eu tive e sobre meu caso clínico. Pelo que pude entender, tive uma contusão na cabeça, desloquei o ombro esquerdo, fraturei duas costelas, e tive inúmeras escoriações. Mantiveram-me dopada por analgésico em coma induzido para que eu conseguisse me recuperar. Haviam tirado os medicamentos que me induziam ao coma, mas mantiveram analgésicos fortíssimos para aliviar a dor, mesmo assim, uma leve dor ainda persistia em meu corpo.
O médico fazia perguntas para testar meu raciocínio e de acordo com as respostas que eu dei, estava tudo bem. Ele – Dr. Charles Ribeiro – comentava com os outros da sala meu progresso nos últimos dias.
Quando me enchi das avaliações clínicas e das conversas, fiz a pergunta que aparentemente, ninguém queria responder.
Minha boca estava seca e minha voz parecia que iria falhar, mesmo assim prossegui:
- O... – limpei a garganta surpreendendo-me por ser tão ruim falar – Onde estão meus pais? – meus músculos doíam a cada palavra.
Naquela altura do campeonato, já imaginava que tinha acontecido um acidente. Se eu estava daquele jeito, como eles estavam?
Ninguém respondeu a pergunta, tornei a falar. Minha voz estava fraca e sem forças, se quebrando nas palavras, mas a preocupação em meu coração era maior.
- O.... Onde eles estão? Eles estão bem?
Aquele silêncio... Ouve uma troca de olhares entre o médico e os engravatados.
Tentei me levantar da cama em busca de respostas e me arrependi no mesmo instante! As minhas costas arderam como brasa, a dor que estava fraca intensificou.
Vendo meu gesto, a enfermeira me segurou pelo ombro, impedindo qualquer movimento – desnecessariamente, pois eu não pretendia me mexer de novo.
Eu já estava irritada por todo aquele silêncio. Coloquei o antebraço nos olhos e os fechei com força, desejando que tudo não passasse de um pesadelo.
- O q-que aconteceu? – perguntei sob o fôlego.
Finalmente alguém falou.
- Ouve um acidente... – quem falou foi um dos engravatados.
- Não, ainda não! – o médico interrompeu – Ela precisa se recuperar!
- Ela vai ter que saber cedo ou tarde! – debateu o outro.
- Ainda sim, o estado dela é estável, mas delicado, eu digo que...
- Tudo b-bem... – minha voz estava quase indecifrável, agora que eu lutava contra as lágrimas – pode dizer!
Mantive meu braço no rosto evitando que vissem minha expressão. A enfermeira manteve a mão no meu ombro mais para me consolar do que para me segurar. Agradeci aquele gesto.
- Elizabeth – começou um dos engravatados –, ouve um acidente de carro. Um motorista fez uma ultrapassagem indevida e colidiu com o veículo dos seus pais. A pista estava molhada, o carro derrapou e saiu da estrada caindo em um barranco. Levamos horas para chegar ao local...
- Não é o q-que eu quero saber! – eu o interrompi tentando soar o mais ríspida que conseguir – Como eles estão?
- Eles... – ouve uma longa pausa – Eles não conseguiram... Sinto muito!
As lágrimas que eu tanto lutava, ganharam força e desabei num choro fraco e sem vida, mas discreto. Tinha mais, a saber, naquele instante.
- C-Como...? – eu precisava saber e não era preciso terminar a frase.
- O carro explodiu alguns minutos depois de chegar ao fundo o barranco...
Tudo estava girando. A dor agora queimava com força pelo meu corpo todo. O desespero entalou na minha garganta. Nada fazia sentido. O meu peito ainda estava em brasa. Não havia mais nada a que me segurar.  
Na minha cabeça, surgiam os rostos deles, aquilo me corroeu como ácido mais e mais. A dor física não significava nada comparando ao que senti em meu peito. Tudo tinha desaparecido! Meu chão desapareceu... Senti um começo de vertigem e rezei para que ela não aumentasse.
- Por que eu...? – resolvi dizer algo para não acharem que eu estava entrando em choque, e certamente eu estava – Por que eu estou viva?
Se tinha sido tão horrível, não fazia sentido eu ter sobrevivido. Ouve outra troca de olhares.
- Nós não temos certeza... – continuou o assistente social – É mesmo um mistério, talvez tenha sido sorte...
- Esperávamos que você se lembrasse. Você foi encontrada alguns metros longe do veículo e da explosão! – completou o outro assistente engravatado.
- E... Eu... Não me lembro... – disse entre fracos soluços e lágrimas.
- Bom – falou o mesmo engravatado e o médico não ficou feliz por a conversa ter tomado esse rumo – Pode nos dizer do que consegue se lembrar?
- Eu te disse que ela precisava se recuperar antes que... – bufou o médico para eles.
- Não! Deixa... – por mais que eu quisesse ficar sozinha e chorar pela... Morte dos meus pais, era melhor acabar logo com isso do que ter que revirar depois – Eu estou b-bem, quero falar!
- Tem certeza querida? – a enfermeira persuadiu – não temos pressa!
- Tenho s-sim! – eu me recompus um pouco e finalmente tirei a antebraço do rosto, mas permaneci olhando para cima.
Busquei no fundo de minha mente todos os detalhes que consegui.
Eu lhes contei a mesma história que contei. A única de que me lembrava. Demorou um pouco para colocar as informações no lugar, mas eles realmente não estavam com pressa.
- Isso já era esperado – refletiu o médico – você sofreu uma contusão grave na cabeça, sem contar a experiência traumática, é normal que seu subconsciente se proteja apagando as memórias ruins!
“Meu sub o quê? Protegendo-me como?”
- Explique... – pediram e pensei se só eu não tinha entendido.
- Hamm... Bom as lembranças do acidente, devem ser dolorosas para ela! E seu subconsciente se protege dessa dor, apagando as memórias. Não sou especialista nesse assunto querida – dirigiu-se a mim – certamente você vai querer procurar um depois...
Como imaginei, ele não fazia idéia do que estava falando, mas até que fazia sentido, se estava doendo agora, imagina se eu começar a lembrar? Nesse instante eu não queria saber de mais nada! Manter a compostura estava ficando difícil, eu precisava ficar sozinha! Precisava desabar!
- Há algo mais que v... Vocês queiram saber?
- Bom... – soou a voz do engravatado.
- Não! Nadinha – interrompeu o médico – pode descansar! Durma um pouco, a enfermeira vai lhe aplicar os analgésicos, os outros já vão perder o efeito!
Percebi que não tiraria nenhuma informação deles, nem eles de mim (se houvesse alguma) “Ótimo, fim da conversa!" pensei.
Foi quando me lembrei de um detalhe. Sou filha única. Não tenho tios nem tias, não me lembro de nenhum parente próximo... O que ia acontecer comigo? Um orfanato? Não poderia ser! Meus pais eram bem de vida, tinham economias. Não me deixariam desamparada, deixariam?
- Esperem...! – disse enquanto eles começavam a sair.
Foquei meus olhos na enfermeira que estava aplicando analgésicos na mangueira ligada ao meu braço. Ela me olhou e sorriu. O médico voltou seu olhar para mim. Voltei a encarar o nada, o teto pra ser mais exata.
- O que foi? – perguntou o médico.
- O que vai acontecer comigo? Para onde vou? – o desespero soava na minha voz.
Apesar de focar apenas o teto eu estava ciente de todos no quarto. A enfermeira ao meu lado. O médico a dois paços da minha cama. Os engravatados logo atrás dele, perto da porta que agora estava aberta. Muito bom para alguém que sofreu o que eu sofri, não é? Talvez o meu estado não fosse tão ruim, talvez eu ganhasse alta logo e tentaria seguir com minha vida... (como se isso fosse mesmo acontecer...)
 Finalmente alguém respondeu. Um dos engravatados (não me preocupei em memorizar seus nomes).
- Tudo já foi resolvido! Foi um tanto difícil, considerando que você não tem parentes próximos, conseguimos contato com a sua avó materna...
- Minha a... Avó?
Fiquei chocada. Não me lembrava de ter visto minha avó além de fotos.
- Ela ficou muito abalada – disse o engravatado – e embarcou para o Brasil no mesmo dia! Foi ela quem cuidou do enterro e de todas as outras despesas!
- Onde ela está?
Os assistentes sociais alternavam entre si para responder minhas perguntas. Aparentemente satisfeitos por terem conseguido cumprir seu trabalho.
- Ela está cuidando da papelada sobre a sua guarda legal, mas ela ficou ao seu lado o tempo todo!
“Papelada de guarda? Vou mesmo morar com ela?”
Eu não me lembrava muito da minha avó, Dona Catherine Munro Roosevelt. Viúva residente em Santa Rosa, Califórnia, ao norte de San Francisco EUA. Lembro-me das histórias contadas por minha mãe dizendo que ela não era a favor do romance dos meus pais – porque minha mãe era norte-americana e meu pai brasileiro – mas conforme ela o conheceu melhor, acabou engolindo apesar de não apoiar. Mas quando eles vieram morar no Brasil, ela não manteve contato. Minha mãe não falava muito dela, mas podia-se ver que ela sentia saudades... Quanto a mim... Mal me lembrava de seu rosto...
ESPERA! Se eu vou morar com ela de agora em diante, e ela mora fora do Brasil...
- Eu, eu vou... Deixar o Brasil? – minha voz estava incrédula.
- Sim – a voz do assistente social soou sarcástica – é a única alternativa! A não ser que queira ir para um abrigo!
- Mas e minhas coisas, m... Minhas amigas, m... Meu colégio? – que droga! Por que as palavras tinham que sair quebradas?
- Vai ser difícil, sabemos! – ele olhava fixamente em mim tentando passar sentimento – Mas você vai ter o apoio de uma psicóloga para lhe ajudar com isso!
- Pis... Piscó... – não terminei, não consegui associar tudo – Vocês podem me deixar sozinha?
- É claro! – a enfermeira baixou a seringa – os analgésicos já devem estar fazendo efeito!
Até esse momento, não tinha percebido o efeito deles, mas agora que já não queria mais pensar no rumo que minha vida tinha tomado, nem na dor da minha enorme perda, (sem contar a dor que estava por vir). Em poucos instantes comecei a sentir meu corpo entorpecer.
Analgésico nenhum me ajudaria naquele momento, não existia analgésico para dor na alma!
Comecei a sentir a dormência se espalhar por todo meu corpo. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, eu já estava sozinha. Meus olhos finalmente vagaram pelo quarto. Mesmo zonza, pude ver que era um quarto amplo e confortável, obviamente de uma clínica particular. Meus olhos pararam no criado mudo ao meu lado, mais especificamente, no calendário.
- 16 de fevereiro...
Pelo que me lembro, viajamos no dia 10, então se passaram seis dias? Fiquei desacordada por seis dias? Nossa... O que aconteceu?
"Isso tudo é um pesadelo" pensei – mesmo tendo certeza de estar acordada – “Nem pude ver o enterro... Vê-los pela ultima vez...”
Como se fosse necessário! A imagem vinha na minha mente com muita freqüência, muita dor e nitidez. Quanto tempo levaria para esquecer isso?
Eu não queria esquecer meus pais, longe disso, mas queria esquecer o acidente, a dor... O olhar desesperado do meu pai... Essas lembranças ardiam no meu peito, trazendo à tona todo o desespero, todo o medo que eu senti naquela hora, mas não me trazia a lembrança do que eu queria: O que aconteceu nos últimos instantes naquele carro? Como eu sobrevivi? O que eu fiz? O que... Eu não conseguia raciocinar.
Minha mente começou a me castigar imaginado todas as possibilidades de “se” e “talvez”. Todas as chances que eu poderia me agarrar me dizendo que aquilo tudo não era real. E então, algo fez lembrar-me de Deus... Deus? Meus pais me ensinaram a ser uma pessoa religiosa, mas para que adiantou tudo isso?
“Deus – eu rezei – por que fez isso? Sempre fui uma boa filha, e o senhor me retribui tirand-os de mim? Por que senhor? O senhor não é tão bondoso? Onde estava sua bondade quando deixou que eles morressem?”
Não me veio nenhuma resposta (não que eu estivesse esperando ouvir um sussurro como resposta).
Naquele momento, deixei de acreditar na bondade de Deus.
Meu reflexo estava lento e aos poucos fui adormecendo sob choro e desespero...
E essa é a "experiência traumática"!

[...]

A primeira vez que vi minha avó, foi... Horrível. Ouvi uma voz reclamando do hospital vindo do corredor em direção ao quarto. Por instinto fingi que estava dormindo. Logo depois ela entrou com o médico atrás dela explicando a minha melhora. Percebi que ela ficou surpresa e reclamou com o médico por não ter informado ela sobre o dia em que eu seria suspensa do coma induzido.
Passei a maior parte do tempo que pude dormindo! (ou fingindo). Era mais fácil do que enfrentar a realidade. Não existia nada de bom na realidade.
Depois disso, passei mais duas semanas no hospital, com visitas frequentes da minha nova tutora – minha avó – e da Dra. Fisher. Eu continuava fingindo que estava dormindo quando elas chegavam. Ao término desses terríveis dias recebi alta do médico, com a promessa de repouso absoluto e uma caixinha cheia de analgésicos para aliviarem as dores pelos próximos dias.
Lembro-me que nesse dia de alta, não pude fingir estar dormindo. Mantive-me desperta, mas não troquei uma única palavra com minha avó ou com a psicóloga. Quando finalmente fui deixada sozinha por alguns instantes percebi que já conseguia me levantar. Vesti-me e aguardei sentada na cama até que viesse alguém me liberar.
Encontrei na mesa do canto, onde minha avó costumava ficar, uma pasta sobre ela. Lembro que foram entregues a ela por investigadores ou algo assim, ela tinha assinado alguns e manteve a pasta sempre com ela. Por sorte, ela havia saído do quarto para fazer o pagamento do hospital. Isso com certeza levaria um bom tempo – levando em conta o tamanho da conta. Como mente vazia é oficina do diabo, me permitir bisbilhotar, mas me arrependi de tê-lo feito.
Eram fotos do acidente, do carro totalmente em pedaços, da trajetória dele até o barranco, e dos corpos... Havia um relato do corpo de bombeiros junto e informava a posição das vitimas: meu pai e minha mãe na frente. Não fez sentido para mim “Será que minha lembrança estava equivocada?”
Havia uma passagem que dizia: “Marcas demonstram que a sobrevivente foi arrastada para fora do veículo...” Antes que eu pudesse ler o resto, eu ouvi passos na direção do quarto. Fechei a pasta e sentei-me na cama. Minha avó não percebeu nada, e deixei pra pensar nisso depois, por hora eu tinha outras coisas para pensar, como por que meus amigos não me visitaram. Nem nos dias que eu passei em casa ninguém apareceu!
Só vim saber o porquê dias depois. Ordens da minha psicóloga! "Assim vai ser mais fácil se despedir do seu país querida, vai se adaptar mais facilmente...". Realmente não sei o que se passa na cabeça dessa psicóloga. Ela está pirando pelo fato de eu ter absorvido os acontecimentos sem nenhum escândalo! Provavelmente ela se sentiria melhor se eu estivesse dando chiliques e cortando os pulsos! "Não precisa guardar seus sentimentos, é melhor botar pra fora agora do que explodir depois!" ela dizia. Mas eu não queria explodir! Será que isso é tão errado?
Minha avó esteve comigo o tempo todo me apoiando silenciosamente – ela não estava mais feliz do que eu – para ela foi mais difícil, eu imagino, perder a filha única... Nós não conversamos sobre o assunto, na verdade, não conversamos em momento algum e isso era bom! Eu não tinha o que dizer mesmo, e remoer a ferida, não ia ajudar!
No fundo, acho que ela também esperava meu ataque e não queria dizer nada que desencadeasse isso, quero dizer, já era difícil se tornar tutora de sua única neta, agora órfã, imagine com ela (eu) dando chiliques?
Nunca – nessas duas semanas – cheguei a me dirigir diretamente a ela. Sempre “A senhora...” Eu não sabia se deveria chamá-la de vó, avó, Catherine ou Sra. Roosevelt. Não ia arriscar uma abordagem errada. Eu sei que ela é minha avó e tudo mais, porém, para mim ela era uma completa estranha.
Voltar para casa naquele dia foi à coisa mais difícil que já tinha feito... A sensação de abandono que senti foi horrível. Como se estivesse chegando em casa e eles estivessem me esperando, mas sempre me voltava à memória de que ninguém chegaria mais aquele apartamento...

E a cada dia, penso no rumo que minha vida tomou.
O celular no meu bolso tocou. Não precisava olhar pra ver quem era.
- Alô... – murmurei sem ânimo.
- Onde você está?
- Caminhando na praia...
- Você quer me matar? Já ia ligar pra polícia! Você sabe como esse país é violento... Esse inferninho...
- Sim...! – interrompi – Eu sei! Desculpe-me, já estou voltando!
- Certo... Não demore!
Desliguei o celular. Olhei uma última vez para minha adorada Copacabana e caminhei para o edifício como quem caminha para uma prisão perpétua.
Ela não disse nada sobre a viagem. Havia um jogo de malas perto da minha cama e algumas peças minhas de roupa.
Eu não discuti, não reclamei, não gritei! Apenas segui sua vontade! Hoje arrependo-me de não ter me manifestado. Agora sei que me calar nunca foi a melhor saída.
Tomamos todas as providências para a minha saída do país. Todos os bens herdados por mim foram vendidos, excerto o apartamento. Foi um pedido meu, eu pretendia voltar a morar no Brasil, quando atingisse a maior idade. E obviamente o carro do meu pai que foi totalmente destruído, então só deu para vender o carro da minha mãe, a casa na praia, o sito em Bertioga, a lancha do meu pai e as ações da empresa.
Não perguntei o quanto isso rendeu. Decidi que deixaria por conta da minha avó – pelas despesas do enterro e do hospital. Ela fez questão de deixar claro que não precisava do meu dinheiro e que o mesmo foi para uma popança em meu nome. Para mim, não fazia diferença! Eu não queria saber de herança, contas particulares e qualquer outra coisa relacionada a dinheiro. Ninguém percebia que a dor de perder meus pais era horrível demais?
Eu não pensaria nesse dinheiro tão cedo. Minha avó recebia uma gorda pensão pela morte do meu avô – Um ex-militar general ou coisa assim – possuía uma bela casa e era dona de um colégio particular para crianças. Ela fez questão de enfatizar essa parte.
Isso só me fez temer ainda mais o que ela havia preparado para mim.
Eu realmente não queria sair do Brasil! Uma coisa era um intercambio onde sabia que poderia voltar para casa, outro era ir sem data para voltar. Colegial então? Não seria nada fácil! Penso o que eles achariam de uma brasileira? Eu seria a piada? Ou seria a atração principal? Nenhuma das alternativas era boa. Eu não queria ser o centro das atenções. Eu só queria ser... Invisível! Não deveria ser tão difícil, não é?!
Minha cabeça andava tão confusa... Muitas coisas para pensar e muitas deixadas para depois.